O primeiro fundamento para uma fala integral é não mentir. No sentido de que mentimos quando não sabemos do que estamos falando, quando o pensamento metafÃsico e operações conceituais se sobrepõe ao sabor próprio das coisas. Então, falar de uma perspectiva integral é começar pelo meu caminho pelo meu devir.
Integral é integração, já que não há nada integral, há o movimento de integração, a dança, a vida. Corpo-mente-espÃrito-inconsciente, eu-sociedade-natureza, todas partes de um mesmo todo. Integral é sustentar os paradoxos e transcende-los sem superá-los, é juntar, unir, reunir, sintetizar, amar, enlaçar, translaçar, transladar, circum-navegar, perinadar, puerperar, com-estar, comungar do gosto do sal dos oceanos que emergem agora na boca.
Integrando, mais do que integral, sendo sempre dinâmica, fractal-mandala, luz e forma, função e movimento, ação.
São as duas faces da montanha, o claro-escurecendo-claro-escurecendo-claro, clara luz dos entre mundos.
Integral é a geometria das formas, a beleza do abstrato adiante.
Integral é…..
Silêncio
Irradiando saudade de tudo, como a presença de ti no outro.
Reconhecer que todas as linguagens cantam os mesmos sabores e dar nomes novos a cada etapa do caminho sem nome.
Integrando é corpo-célula-mundo-gente na dança.
Integrando é receber tudo, viver tudo, saborear tudo e seguir saboreando o saber que se sabe que não sabe.
Integrando anjos e demônios, no fogo do coração do coração.
Atraversar paredes, há traves em versar.
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