Meu encontro com Jesus

Eu cresci e me dei conta de mim em frente a uma igreja. Nessas raízes da minha infância lembro-me que minha, minha avó tinha pintado os vitrais lindos que contavam as passagens do calvário na mesma igreja e meu avô tinha ajudado a construí-la. A imagens dos santos também ficavam sobre as janelas, sejam quem fossem aqueles homens com roupas coloridas e sandalhas em cujos pés se debuçavam os anjos, lá estavam as primeiras representações da minha infância sobre o imaginário cristão, meus primeiros mitos, minhas primeiras imagens. A igreja da matriz era assim, acordavam meus dias com suas badaladas e ecoavam minhas noites com as ladainhas.

Havia os pedintes também, que sempre vinham perguntar por um “pão velho”, ou as viúvas que na época andavam juntas e todas com seus véus pretos. Outra lembrança boa era das pombas que meu avô pela manhã alimentava com dezenas de bolinhas de miolo de pão enquanto elas se revoavam ao seu redor.

Eu, como toda criança criada sob a tradição do oriente médio (judaico-cristã-mulçumana),  tive medo de Deus. Aquela figura pendurada na cruz que sangrava eram pro imaginario de uma criança uma coisa estranha, embora as pinturas ao redor fossem belas, e o silêncio da arquitetura da igreja também. A crianças se vestiam de anjos pra sua coração e tantos outros ritos aconteciam alí, como eu não entendia nada do que os adultos iam fazer ali na casa de Deus, a igreja virou mesmo uma extensão da minha casa, ali eu bincava de pique e me escondia no confessionário, sendo que até hoje, não me cofessei. Aproveito aqui meu blog para as minhas confissões, e quem sabe com orações eu possa remir os meus pecados (de-u-sacertos).

De tempo em tempo, as carpideiras que passavam a deixar os panfletos com a cruz que chegava de tempos em tempos para anunciar a morte de um vizinho, alternavam também com as outras que vinham oferecer galinhas e doces que juro que não existem mais assim tão saborosos.

Me lembro com frequencia de uma senhorinha, muito muito gentil que fazia os mais deliciosos requeijões e doces de leite que me alegravam, eles, os doces, vinham numa cesta coberta por toalhinha bordada e foi a primeira presença santa que tive na vida.

A infância nas Minas Gerais foi assim, a igreja, em frente a casa, ao lado da casa do padre foi muito rica de boas memórias de meninice.

Foi alí, em relação a torre da igreja onde muitas vezes também ajudei os sinos a dobrarem que eu percebi pela primeira vez que quando eu andava, a lua andava comigo, foi ali que fui crismado, seja lá o que isso significa pra uma criança, basicamente era ter mais um padrinho, alguém que te dava presentes de tempos em tempos. Por que não?

Na igreja brincávamos de pique se escondendo na sacristia, me escondia nos confessionários e percorria aquele ar gélido das igreja com muito mármore e um certo perfume estranho no ar de incensos que corriam em turíbulos as missas. Raramente ocorriam ainda algumas em latim!!! Lembro disso e vejo como três decadas transformam o mundo e nossas almas.

A pombas também sempre presente, até hoje aquele som próprio das pombas respirando na minha janela me inunda de boas memórias. Você pode ouvir, o som peculiar das pombas juntas respirando na janela?

E as andorinhas. Nunca mais vi andorinhas, pra quem não conhece, elas tem um vôo perfeito em suas cores de yin e yang.

Assim foram meus primeiros contatos com as questões espirituais e as primeiras palavras sobre Jesus não foram canônicas, foram o sorriso do padre Rafael que nos distribuia balas de açucar junto com uns uns afagos na face, quase umas bofetadas que vinham sempre com a a palavra: JUIZO!

Assim, o coração de menino conheceu a igreja, como uma extensão de casa. Ao lado da casa do padre havia umas lindas roseiras. Eu não entendo porque não cultivamos mais roseiras, era tão lindo colher seus acúleos (espinhos) e fazer bem-me-quer com suas pétalas. Não consigo imaginar as crianças hoje fazendo bem-me-quer pra se saber se o outro te quer ou não.

Quantos entardecer eu contemplei sobre os muros da casa do padre que devia ser extrangeiro, ou sei lá o que, tinha aquele sotaque de quem talvez faz curso pra virar padre ou mora um tempo em roma, não sei bem.

Estudei em colégios católicos pela vida afora, – felizmente estudei um ano numa escola montessoriana  que era da minha tia, isso fez toda a diferença – mas meus pais, com enorme gratidão, nunca me levaram a missa com eles ou me forçaram a ter a mesma crença que eles, confiram que eu pudesse ter um entendimento próprio do mundo, que pudesse saborear o gosto da vida com meus próprios sentidos. Enfim, a vida é curta demais pra gente já vir com mais vozes do que precisamos pra nos dizer como ela há de ser. Lógico que tradição, família e propriedade tem algum valor, mas precisamos seguir adiante, com ou sem cruz, cada um carrega o fardo que pode, ou como certa vez aprendi de mim mesmo: Cada um tem o Deus que merece.

Nas escolas católicas eu nunca gostei muito de primeira comunhão, eu me lembro de quando lá pela quinta série tentaram me colocar nos catecismos e eu logo comecei a fazer perguntas!!! Nossa, eu me lembro até hoje a cara da senhorinha quando eu comecei a lhe perguntar por que Deus tinha feito o mundo, ou coisas assim. Gente, que memória essa, crianças na igreja do salesianos. Bem, não foi o meu lugar, cristo ficava sendo ora aquela figura na cruz que sempre estava nas paredes das escolas ora o educador com as crianças ao redor. Eu sempre gostei do educamor..

Eu ia fazer algumas censuras a esse texto, tentando agradar o maior número de pessoas, mas embora isso cause um certo desconforto ao meu coração, preciso contar pelo menos resumindamente a minha história com cristo nesta vida.

Na juventude veio muita coisa boa, movimentos políticos nas campanhas da fraternidades e os reflexos de teologias mais libertárias de certa forma repercutiam na educação tradicional das escolas católicas, cantavamos cântigos com os amigos quando íamos passear, e neste momento política e religião se misturaram. Aí ficaram por um longo tempo…

Depois disso, pelos meus 14 anos eu PRECOCEMENTE, affe, não é a toa que hoje tenho poucas pessoas com quem conversar, eu já tinha estudado zilhões de temas teológicos avançadissimos na infância!!! Porque 14 anos somos todos crianças!!! Sinto uma certa pena de mim pequenino e tão sabido, uma amiga que viajou pra inglaterra comigo alguns anos antes já falava isso. Perguntou se eu já tinha sido criança por conta dos papos muito “cabeças” que tinha aos 13 anos.

Em resumo, na sexta série eu li a obra toda do espiritismo brasileiro, o pentateuco de kardek, rsss. Sim, eram os primeiros livros que li na vida e quando comecei a ver que podia ler livros eu lia tudo, gostava especialmente de ler enciclopédia!

E claro, logo quis entender o sentido da vida e uma amiga da escola me emprestou os livros. Ali, fazia muito sentido entender o evangelho segundo o espiritismo, no mesmo ano eu li a grande síntese de pietro ubaldi, mãos de luz e outros tantos “clássicos”.

Não sei como minha mãe me deixava ler esses livros, eu sentava lá e lia a sem parar. A conclusão mais engraçada foi depois de ler o livro dos médius e fazer os exercícios de escrita automática eu cheguei a conclusão de que NÃO ERA MÉDIUM. Juro, tava certo de que aquilo era muito legal mas não era pra mim.

Bem, se parece muito, ainda nesta idade eu era Rosa+Cruz, do Colégio Druídico e saía do corpo à noite com lucidez com muita frequencia.

Então, eu fui inciado na ordem DeMolay. Affe, eu ia censurar tudo isso, mas não dá, faz parte da história que preciso contar.

A ordem demolay é uma ordem para-maçônica pra jovens. A gente colocava capas de cavaleiros templarios e jurávamos nos templos réplicas do templo de salomão diversas virtudes.

Nem preciso dizer o quanto eu me sinto ainda uma criança fazendo votos de virtudes que as pessoas nem sonham cumprir. Era um clube, como escoteiros, mas conto isso porque isso se dava dentro de uma das organização fundamentalmente cristã que mais influenciou a história do mundo.

Eu lia todos os livros!!! Mais uma vez eu fui parar na organização da biblioteca e lá, eu recebi de doação uma coleção enorme de livros sobre templários, rosacruzes, kabalah e livros da feeu contando textos biblicos e teosóficos, explicando principalmente o antigo testamento. Textos hebraicos também e estudos que considero tão fundamentais pra se entender o cristianismo hoje, de onde vem seus principais mitos e porque eles tem tanta força no imaginário das pessoas.

Só mesmo considerando a minha “paraprocedência” para explicar porque eu gostava de ler enciclopédias infantis, enciclopédia do escoteiro-mirim e centenas de textos kabalísticos que explicavam a criação do mundo e davam chaves de interpretação dos textos do antigo testamento, o que os simbolos queriam dizer.

Isso foi divertido! Mas foi como ler revistas em quadrinho com super-herois, era, quardadas as devidas proporções, lidas sem entender o valor desse conhecimento na vida prática no entendimento teológico ou simbólico da herança tradicional cristã.

Dito isso, vamos à conversão.

Morei nos EUA, no sul, o canto mais tradicional de todos, Atlanta – Georgia. Terra de Martin Luther King e da Ku Klux Kan e do mais arraigado preconceito racial entre brancos e negros. Sim eu passei por branco, numa escola altamente graduada e como tirava notas boas fui aceito.

Uma coincidência significativa foi no primeiro dia de aula eu ter entrado antes da hora, na sala onde se reunia o Fellowship of Christian Youth – “fraternidade da juventude cristã”. Era a minha galera e eu nem sabia disso ainda. Eles estavam cantando com enorme devoção músicas como “celebrate jesus, celebrate”.  Logo depois, essa disciplina onde na sala ocorria os encontros, se chamava “family living”, vivendo em família. Foi uma das coisas mais legais que aconteceram lá. Eu ia pra escolas públicas cuidar de crianças uma vez por semana, era ótimo.

Não demorou muito a professora passou a cuidar muito de mim. Eu me lembro como ela “mandava os anjos” sempre que tinha uma notícia ruim, e como cruzava uma cruz no carro evocando o sangue de jesus antes de sairmos. Ela tinha um sorriso enorme e foi uma presença muito inspiradora. Muitas, muitas das suas frases ainda guardo comigo.

Entre elas: What makes the diference between you now and five years from now? She said: The people you meet and the books you read. (qual a diferença entre você hoje e daqui a cinco anos? As pessoas que conhece e os livros que lê!)

Sim, eu estava no coracao sulista, no canto mais concervador da américa e vivenciando a mais intensa vivência espiritual. Em resumo eu aceitei jesus num evento na escola. Depois publicamente em frente a centenas de pessoas. Lembro do meu coração agitado no peito e me lembro que havia uma lua cheia lindíssima no céu.

Em resumo do resumo, por lá eu frequentei estudos bíblicos semanais, ajudei a construir igrejas, vendi “dounuts” nas estradas pra conseguir dinheiro pras “missões” e me envolvi inclusive musicalmente, eu tocava e cantava dezenas de músicas.

Uma coisa porem me chocou!!! Certa vez, conversando com o meu “pai” lá, pois fiquei numa família. Eu lhe perguntei: Veja bem, você acredita que basta aceitar jesus que você está salvo? E ele disse sim. É exatamente isso! Eu fiquei chocado, por coincidência da vida ele também havia sido DeMolay na juventude e me mostrou um anel de mestre conselheiro. E argumentei, mas e o trabalho e ajudar as pessoas e tudo mais? Bem, não importa, se aceitou tá com seu nome escrito no livro da vida e pronto! Afe, ainda não compro essa idéia nem de “graça”!

Pronto, que caos na minha mente, eu só podia estudar.

Nessa época eu estudava latin também e ganhei um prêmio por uma escultura de pan, também pintava muito nas aulas de artes. Outra coisa legal é que eu sempre adorei livrarias e li livros como 21 lessons of merlin, o mais lindo livro sobre druidismo que li na vida e coisas como alta magia e claro, livros da elizabeth prophet comentando os manuscritos do mar morto e também os evangélios apócrifos.

Caro leitor, se você chegou até aqui nessa minha recaptulação eu vou lhe dizer que poupe seus olhos, minha relação com jesus estava só começando.

Eu lia sobre mestre El Moria e a grande fraternidade branca e as suas versões sobre a vida essênia de Jesus e de onde ele teria recebido os seus ensinamentos, durante os seus “anos perdidos” ou os anos de sua vida não contados na bíblia.

Eu convivi com mormons e também com pessoas ligadas as culturas nativas indígenas. Li o livro dos mormons e também os livros da gnose. Tudo muito legal, mas pouco transformador.

Bem, de volta ao Brasil, eu queria muito encontrar o que eu vivi lá. Mas o movimento gospel aqui nem existia ainda! Nada parecido, hoje tem em tantos lugares. Eu acabei cantando sozinho as músicas e voltei pra rosa-cruz e tantas ordens esotéricas.

Eu sabia muita coisa, coisas demais pra aquela idade, mas tinha vivido muito muito, muito pouco.

Então, em 1995 eu comecei a manifestar muitos processos paranormais. Eu lembrava de vidas pessadas e desde então isso é um fenômeno tão comum que nem me espanto mais. Mas no início era muito forte e confuso. Eu fui, indicada por uma amiga, procurar um centro espírita. Fui lá porque nessa época sofria muito com uma amiga que estava, no meu entendimento muito mal, pensando em suicídio.

Lá fui eu parar no Centro Espírita Servidores de Jesus. Em algum momento nessa história eu comentei que estudei centenas de livros de astrologia?

Bem, não é pra falar de tudo que eu estudei ou vivi, só pra tentar ao final explicar minha relação com Jesus.

Na casa espírita eu fui muito bem acolhido, mas sofri muito nos primeiros anos. Meu processo gerava muita dor, e eu sentia dores de todo mundo, ainda sinto, mas hoje eu controlo isso, só sinto quando quero entrar em ressonância com alguém, ou realizar um acoplamento áurico.

No centro, tudo se fazia em nome de jesus, eram todas as mensagens orientadas pelos espíritos muito generosos e outros muito fortes e cheios de energia.

Eu aprendi muito com as benzedisses dos pretos-velhos, dos orixás e dos amparadores. Mas também confesso que sofri muito, meu processo mediúnico era profundamente voltado pra cura, embora eu incorporasse, psicografasse, falasse e curasse, o que mais me afetava era mesmo sentir os sofrimento dos outros, trazer eles pro meu corpo e depois tentar curar isso em mim.

Nesse trajeto, eu fiz outra conversão importante, saí da minha vida de liderança estudantil e militante do partido dos trabalhadores e do MST para me tornar um terapeuta. Não foi bem uma escolha, foi uma coversão. Mais uma vez eu fiquei organizando e trabalhando como voluntário também na biblioteca. Lá eu lia todos os romances, todos os livros doutrinários e buscava entender o que se passava comigo.

Eu era muito novo e minha meduinidade avançada atraiu muitos amigos que me ajudaram muito, mas também uma certa inveja que me fazia participar, mas nunca me colocar como “médium” pronto, sempre estive estudando, pequisando, mas ajudei muita gente. Até hoje, quando raramente eu levo alguém lá, que seja espírita, sou recebido, como dizia uma amiga da unipaz que é cirurgiã, como um médico que chega no hospital onde trabalha. Todos de branco, eu passava a semana toda lá, em todos os tipos de trabalho de maneira muito intensa.

O que tem jesus com isso?

Bem, existem vários já…

Jesus da infância – o que se deve temer, que nos vigia, que nos pune, que olha os nossos pecados, pra quem devemos nos convessar em busca de perdão.

O jesus da juventude – que abençoa a vida que traz amigos, felicidade, nos faz o povo eleito e nos alegra por estamos na família de deus e também traz sucesso e properidade.

O jesus mestre essênio – que emerge dentro de uma linhagem esotérica muito antiga, cuja ancestralidade remonta a ambraão que entende os mistérios das energias e da vida.

O jesus espírito de luz – que deu exemplo moral e ensinamento espiritual para todos os demais que convete e afasta os demônios que ilumina diversas linhas espirituais.

Eu vou seguir contando, porque não acaba por aí.

Em 1998, tudo isso começou a dar frutos. Eu estudava o eneagrama, estava na unipaz e relia os evangélios na leitura de Jean Yves e Roberto Crema. Até bem pouco tempo, Roberto era ainda a principal referência na minha vida, minha afinidade com ele é muito antiga, bem como toda a família da unipaz.

Nesse ano eu pintei esse quadro, com as duas mãos, pois tive uma intensa experiência espiritual. Foi quando eu vi que jesus tinha de fato renascido e vivido e morrido com maria madalena. Veja que eu não li isso no código da vinci, isso emergiu na minha memória coletiva, seja lá o que for. Bem, o entendimento kabalísico sobre a segunda vinda de adão, o estabelecimento do reino e mais um monte de coisa que quem sabe sabe e não vale aqui explicar também emergiu todo ao mesmo tempo. Eu reaprendia a contar e em uma boa metáfora eu estava lendo o código da matrix.

Eu comecei a ouvir e a falar a lingua dos anjos, eu podia ficar horas falando em rimas e versos, em trovas cheias de sentidos que eu mesmo depois tinha que entender.

Afe, quem disse que alguém queria escutar isso. Jesus virou então, “imitatio” medieval na minha carne e tudo mudou. Eu passei a entender tudo (dentro da tradição cristã) o livro das revelações se revelava em pedra preciosa no meu coração e a jerusalem celestial se abria diante dos meus olhos…

Eu vi…

Eu vi…

Eu vi… o que posso apenas dizer que foi a mais bela visão da minha vida, que foi um anjo no céu.

Eu já tinha visto muitos e muitos espíritos, psicografava, florais, homeopatia, remédios e conselhos pro cartas pra centenas de pessoas, mas queridos, anjos era uma outra categoria!!!!

Nossa, até hoje eu tento entender o que eu vi vivenciei naqueles anos. Eu revivi isso mutias vezes, até que cansei de ficar buscando o reino dos céus. Eu já tinha visto tudo que queria ver.

A beleza era tanta, a alegria era tanta que eu achei que tinha chegado lá!!! rsss

Era o reino dos céus. Eu conversava com passarinhos, acariciava cães bravios e acolhia todos os estranhos que chegavam com o mesmo amor, distribuia dinheiro pras pessoas na rua, que na época ganhava dando cursos sobre o eneagrama!!! É tinha enlouquecido de deus, como dizem os árabes.

Os céus se coloriam, eu via luzes ao redor das pessoas e cada alvorecer eu despertava de sonhos alvos com beija-flores e arcanjos a cantar. Nossa, como posso explicar a beleza de ver um raio de sol como um ente vivo! O sol, a lua, a estrelas, o mar, tudo era espírito de Deus.

Quem disse que meu corpo tava preparado pra isso, não estava, e acho que até hoje não está, quando intensifico minhas práticas, eu ainda faço febres e minha pressão se eleva. Acho que não tô pronto pra isso, acho que vai ser numa outra vida que vamos poder pisar nessa terra com pés de anjos.

Depois disso, eu voltei a beber ayuauacas, daime, frequentei todas as linhas, mas fiz até este site do Céu do Dedo de Deus, onde encontrei muita gente de outras vidas e vivências. Lá também jesus era o chefe dos trabalhos e que trabalheira!!!

Em 1998, já ia me esquecendo, eu viajei pra frança. Por lá eu visitei muitas e muitas igrejas. Ascendi velas em tantas categrais em especial no Monte São Miguel, onde, no dia de São Miguel eu comunguei pela primeira vez dentro da igreja católica, numa bela missa pra jovens nesse dia.

Minha mediunidade já era muito avançada na época e a energia do local era tão forte que na volta, uma amiga brasileira que conheci por lá começou a falar do pai que tinha morrido e ele veio e conversou com ela. Eu não era acostumado a vivenciar a mediunidade assim, nesse nível em qualquer lugar, mas não tive muita escolha, a energia do local era muito forte.

Quando voltei fiz o estudo de um curso em milagres, uma belíssima psicografia de uma psiquiatra americana de autoria Jesus que me aproximou de novo do cristianismo.

Também visitei por conta da família e de uma namorada, os movimento carismático católico, distribuindo alimentos nas ruas e cantando as musicas do padtre marcelo.

Estudei todos os santos, todos os salmos, todos os hinos, todos os cantos e fico sempre com a simplicidade franciscana que o Leonardo Boff me ensinou nos anos da unipaz.

Hoje, a minha pincipal questão não é tanto Jesus, Buda, Alah ou Jeova, Krishna, Bahai, Mahavira ou Brahma ou Oxalá. Quero desde o instante que Deus falou Eu Sou na minha consciência, espalha isso pro maior número de pessoas. Mesmo que pra isso, tantas e tantas vezes eu precise: “fingir de morto, pra permanecer vivo”.

A minha principal questão, depois dessa vida onde já tinha vivido tudo isso aos 20 anos, conseguir uma forma de transmitir o que vivi de melhor, construindo pontes e mais pontes, ajudando o maior número de pessoas da melhor forma possível sem deixar que um nome de deus, uma religião, uma transmissão de sabedoria se trasforme em letra morta na voz dos blasfemadores.

“Não importa a origem, identidade, credo ou cor, somos todos filhos de um mesmo pai, somos todos irmãos da criação.”

Então, viva Jesus, viva Maria, viva José e viva a sagrada família e as sagradas amizades perdidas nas curvas da evolução.

Como vocês podem imaginar, tem muito, muito, muito mais pra dizer, mas isso é só um blog e como disse uma amiga minha da igreja presbiteriana que ando frequentando recentemente.

“Você deveria escrever considerando os terráqueos que estão lendo.”

Não sei se consigo, mas penso sobre isso há 10 anos desde que um anjo me levou aos céus.

Perdão mais uma vez ao leitor, pois esse texto, como todos os outros, vai ao blog sem revisão.

About The Author

Mario Fialho

Mário Fialho é pai do Miguel Luz, professor na multiversidade, clínica e escola em Niterói. Vive dedicado a escrever, ensinar e a cuidar de tudo que é bom, belo e verdadeiro com simplicidade. E agradece a sua visita.