Aprender acupuntura e a integração das energias sutis

mário acupuntura

Comecei a praticar acupuntura em 2003 e quero partilhar um pouco do que aprendi com acupuntura na prática clínica e na vida.

Na minha vida pessoal aprendi que:

Todos os sinais e sintomas do seu organismo, mesmo afetivos e emocionais guardam uma correspondência com níveis sutis de energia que circulam pelo corpo.

Então se você está dormindo demais ou de menos, se está feliz demais ou de menos, tudo pode ter uma contraparte energética.

Aprendi que alimento é remédio e que fitoterápicos tem que ser administrados com MUITO CUIDADO, porque são muito fortes.

Aprendi que puncionar o F3 Tai Chong e IG 4 He Gu, de vez em quando não faz mal a ninguém e em geral te deixa mais feliz e mais “solto”.

Aprendi a ficar olhando minha língua todos os dias quando encontro um espelho na minha frente para acompanhar minha saúde interna.

Aprendi que existem sim harmonia e possibilidade de viver uma vida com alegria serenidade.

Aprendi que as técnicas de cultivo interna, meditação não são coisas simples e que provocam fortes alterações na fisiologia energética.

Que as energias sutis são bem reais e que podemos movê-las para cuidar de si e das pessoas.

Que é importante procurar um acupunturista competente para te tratar. Agulhar a si mesmo não tem o mesmo efeito do que o agulhamento por outra pessoa.

Na minha prática clínica com acupuntura

Aprendi que agulhas devem ser sempre levadas consigo, nunca se sabe quando alguém vai ter uma distensão, um enjôo ou uma dor de cabeça.

Que diagnóstico médico contrário ao tratamento não deve e não pode te impedir de tratar com as bases da medicina chinesa, ou seja, milagres acontecem.

Existem várias acupunturas e todas as escolas estão certas em algum ponto.

Que acupuntura algumas vezes não faz sentido. Ponto X resolve doença Y e “ponto”.

Agulhas pequenas e finas não fazem mal a ninguém e deixam em geral o paciente mais “receptivo” ao tratamento.

Que a intenção na hora do agulhamento é tão importante quanto a localização dos pontos.

Acupuntura não é tão difícil, mas como toda arte, demanda prática, estudo e dedicação, por mais talentoso que você seja.

Quanto melhor a sua saúde e qualidade energética, melhor a sua capacidade terapêutica.

Antes de aprender centenas de pontos é preciso realmente aprender os básicos de verdade, localização, agulhamento e deqi (perceber o qi).

Acupuntura chinesa” dói” muito mais que a japonesa, mas eu ainda acho que tratamentos de “choque” são mais eficazes.

Que a teoria dos cinco elementos não é tão importante, mas ao mesmo tempo pode ser o que te salva numa hora de sufoco. Estudar os clássicos é importante, mas mais importante é um bom estudo de cada paciente.

Que basta uma agulha no ponto certo para harmonizar todo um quadro clínico, mas que outras vezes 10 agulhas é pouco.

Ter uma prática de meditação, tai qi chuan e qi gong são fundamentais.

About The Author

Mario Fialho

Mário Fialho é pai do Miguel Luz, professor na multiversidade, clínica e escola em Niterói. Vive dedicado a escrever, ensinar e a cuidar de tudo que é bom, belo e verdadeiro com simplicidade. E agradece a sua visita.